Custam-me as palavras bloqueadas pela razão, e custam-me os movimentos ‘impraticados’- O nó na garganta que me fere o coração e me faz embaciar.
Não sei como articular um gesto, tão pouco sibilar. Dói-me tudo. A impossibilidade de engolir, o desespero. A dor da proximidade exibida em pleno, … e o resto. A minha vida desmoronada em relação à voz que me incapacia. E o cheiro impossível de suportar um ex-momento. Sendo incapaz, choro. Não choro, mas pretendo. Escorrem-me as lágrimas pela garganta, escorrem-me a mágoa e as memórias passadas.
Morrem os sentimentos e cai por terra a esperança.
Induzo o vómito de mim mesma, sem ainda ter engolido a ultima porção que me ocupa a boca e que jamais engolirei. Vomito. Vomito o desespero que me queima os pulmões, num grito surdo, inaudível. Vomito o ódio e o amor, juntos, num par recíproco. Vomito a minha vida presa à dele. Vomito tudo o que lhe pertenceu, e assim, … vomito-me.
Morrem ali todas as partículas constituintes de mim.
O mundo assiste, mas não vê: sou só.
1 comentário:
todas as palavras que escondes e não as dizes o errado por uma razão para sofrer corta-me e rios de lágrimas me desfaço pois não me doí a mim, nem só a ti... doí nos por nos negares.. doí-me por ti, por mim... pelo passado que já não passa.
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