2 de março de 2008

Pormenores

Deslumbra-me o tempo conjugado.Não aquele em que parti para longe da vista, não aquele em que partiste para longe da memória, apenas aquele em que os olhares se cruzavam, e as memórias se completavam, e os corações se pertenciam, e as maos se entrelaçavam, e os pes caminhavam, par a par, numa dança caminhante...
Deslumbra-me o imaginário, longinquo, do (nosso) Futuro.Que nao o é. Pouco Passado será. Presente, nunca o foi. Realidade, inexistente. Esperanças falidas de uma visão apagada, agora.
Alegria de viver os dias solarengos deste Mês ainda Inverno, unico. Cantarolares de bichinhos voadores, tantos, tantos. Escutamos, com muita atenção, porque faz parte de nós, do que nos envolve, do que nos dá vida, do que nos completa, do que um dia iria formar a nossa história, tinha então que ser relembrado. As conversas alheias entrecruzadas por feixes de luz ténue que passa pelas vidraças, que me inunda o pensamento, os ouvidos. Burburinho. Sem se entender. Ainda bem, não é da minha conta.Nem da tua.

E da nossa conta, já tudo passou há muito tempo.

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