22 de agosto de 2009

cripple

Tenho um problema. Acho que tenho alguma coisa errada no cerebro, ou em mim, algures, nao sei onde. Nao quero saber, e nao vou procurar algo que nem quero descobrir. Tenho, porque me dizem que tenho. E como o nego, e nao o aceito, nao sei nem posso saber o que é.
Afecta-me sempre que me chamam à razão sobre ele. É, de facto, a unica altura em que me incomoda. É como se fosse um osso partido, que só dá de si quando o tempo muda. E secalhar, eu também parti alguma coisa.
Ou então nao parti nada e está tudo em perfeitas condições e isso só faz com que eu nao possa ter qualquer justificação para a minha anomalia, o que só torna tudo pior.
E o que ainda é pior que isto, é que o que me rodeia nao precisa de justificação alguma, porque nao é problemático como eu. Nao tenho um redor no qual possa por uma acusação, para me justificar. Nao posso ser como uma dessas ricaças mimadas, demasiado revoltadas com os pais médicos que nao lhes trouxeram as ultimas sapatilhas voadoras da ultima viagem a NY que fizeram, que culpam tudo menos o facto de nao existirem sapatilhas voadoras para justificar que realmente, nao as têm. A unica coisa que eu posso alegar é que realmente tenho uma disfunção. E se EU tenho uma disfunção, entao aí poderia culpar quem, de livre e espontanea vontade, a quisesse desafiar. Mas nem isso...

Secalhar, eu sou tão homem como qualquer um desses adolescentes cujo unico objectivo é passear todas as noites a ver qual é a melhor rapariga da noite... e a minha ambição é colecciona-las a todas, para quando for velho poder apreciar, juntamente com os meus cem gatos, a beleza que é a minha caderneta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ora nem mais

pulgar