12 de maio de 2009

Que eu nao sabia dançar era senso comum. E tambem nao era la grande coisa a passear em cima de saltos. Que eu nao me sabia vestir, e muito menos pentear ou massajar, idem. Mas pentear... é uma outra historia, que eu já sei!
Que tu nao sabes ter refeiçoes com os talheres devidamente posicionados, é um facto. Que nao consegues andar numa linha recta unificada, também. E que legumes nao entram na tua ementa, é a razao pela qual nao casei contigo, ate tu vires a gostar. Isso, e a minha aversão a papeis e compromissos, que tu conheces por também a teres.
Vá... Não precisamos de ter realmente uma relaçao. Temos apenas uns aspectos a compor, e podiamos ajudar-nos. Eu nao gosto, muito, de ti. E tu impossivelmente de mim gostarias... De facto, eu nao sabia pentear e/ou massajar :(
Mas tudo aquilo que eu nao sabia, descobri que afinal sabia um pouquinho, e o que nao sabia de facto, continuo sem saber... nomeadamente - dançar. E esta, é a verdadeira razão porque tu ainda estás nesta reciprocidade de aprendizagens, é eu nao saber dançar. Gostas de te sentir importante... Professor de alguma coisa que nao seja o proprio exercicio fisico, certo?
E a unica razão porque eu ainda estou relativamente proxima de ti, é que tu ainda nao aprendeste nada daquilo que nao sabes. Ou melhor, nao desaprendeste as más condutas pelas quais enveredaste. E comer, é a pior delas. Tudo o que tenha a ver com refeiçoes, eu nao gosto. Desde os talheres, aos legumes... A tua pseudo esquisitice, aquela coisa que ainda estou longe de entender.
Mas tu sabes, que estou a tentar.

holst.

1 comentário:

Anónimo disse...

Simplesmente

Adoro demonstrar-te a infinidade de coisas que sabes, mas achas que não consegues fazer, abrir a porta para dentro do teu ser, fazendo-te acreditar.
Acreditar que a vida continua a ser simples, mesmo agora que tens a liberdade em ti, liberdade que serve para desgostares das minhas ementas, da minha organização do faqueiro, e das minhas restantes aversões, para sempre.
Continuo a querer fazer-te compreender e sentir tudo o que tens dentro e fora de ti, isso, que te proporciona a alegria de seres tu, e viveres tu própria envolta no véu que nunca se dissipará a nossa volta, mas que teimas dizer palavras constructoras de frases inversas e inadequadas, anuladas na sua inaxactidão.
Desgosto, muito, desta fórmula que nos propusemos a aceitar e adequar, que é considerada por muitos inexistente.
Gosto desta maneira de presenciarmos os acontecimentos desenvoltos na cortina de ferro, que se abre todos os dias, criando um novo espectáculo.

- mas espera

Não somos personagens encenadas, construidas pela mão de uma qualquer pessoa com acesso a meios e fins para o fazer, NÃO, somos utentes verdadeiros na sua essência, rei e rainha deste tabuleiro de xadrez, com peças soltas deslocando-se nas mais variadas posições, tentando-nos pregar partidas a cada instante, mas que não conseguindo, perseguem-nos como animais impossíveis de domar, até que ambos dizemos

- "EI shshshshshshshshshs".

Pára tudo, sentes o silêncio que antecede a apoteose ou a pateada do público, dás-me a mão e pensamos verbalizando

- CONSEGUIMOS...

e nada mais nos importa, fecha-se a cortina e ignoramos os ruídos de fundo oriundos da plateia, o som dos nossos passos caminhando sobre o soalho do palco, da técnica a preparar o novo cenário, e só conseguimos visualizar o descanso merecido que alcançamos apartir nesse momento :)

Holst e um