15 de junho de 2008

Artista.

Desprovidas de sentido passam as minhas horas sem ti. E os dias partilhados ficam agora para trás. A água que limpou a sujidade que nos preenchia limpou a nossa essencia e o teu perfume. Foi-se o espaço concretizado por nós e as aspiraçoes que tinhamos escrito sobre estilhaços de papel. Uma vez que agora nos deixamos, perdidos, na ausencia de ser. Na esperança falhada de um casal para aquele baile, ao qual nao chegamos a ir. Porque o meu vestido se manchou e o meu coraçao também. E porque tu deixaste cair o meu ramo pelo caminho, perdeste-o numa qualquer paragem para, talvez, fumar. Perdeste tudo, na noite perfeita que ia ser a nossa. Perdeste tudo, na noite em que nao vieste. Em que me deixaste. E em que deitaste por terra todos os sonhos que tinha imaginado, em linhas de autocad e em pigmentos de azul ciano e magenta.

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