19 de abril de 2008

Alive

Fluo de mim para ti… através destas mãos entrelaçadas. Deste cantar em conjunto no auge das capacidades vocais. Neste grito profundo. Unidos num diafragma conjunto por uma causa maior. Por uma música penetrante. Mais que presente. Pungente. Nas aturas… Cheia. Completa. Repleta de luz e energia, a nossa estreia. Aquele momento. A pulsação acelerada… O toque, o teu toque. Pelos teus dedos, seguindo… No ambiente fulcral, partilhado.
O não vazio de tudo. O preenchimento do peito, da mente, dos sentidos, de ti, de mim. Tudo. Tu. O nome que fervilha na minha mente. No turbilhão de sensações que me provocas, não só tu, apenas tudo. A propensão vivida desta ocasião não controlada. Pela tarde conjunta de palavras e pensamentos. E por todas as semelhanças.
No íntimo do teu olhar tocando o meu, e as palavras silenciosas… Tantas, tantas. Num mundo teu e meu, sem o ser. Jamais. Quem poderia eu culpar por ser uma fantasia?
A minha imaginação não teria capacidade para te desenhar, e a minha inteligência para te construir. Não me posso culpar. Culpo-te a ti então, é mais fácil. E no entanto, não deixo de pensar na quantidade infinita de coisas que não te disse e que gostava de dizer, apesar do sonho quebrado que foi o minuto em que deixei de poder sentir.
O cheiro penetrante dum perfume único, do teu. Misturado com o cheiro da paixão criada e das ciências químicas envolventes. Culpa estúpida…


Sonho, numa noite de Primavera.

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