Eu Sinto.

- te, nos, dor, amor, paixao, tristeza, desilusao, solidao, abandono, frurstraçao, humilhaçao.

aperta no peito a dor que me sufoca, e as lagrimas silibantes rolam pelo rosco, molham os labios -sabor a sal, que nojo!- e continuam, pelo queixo até cair. caiem como eu caí. lagrimas estupidas. rolam sabendo que vao cair, e estupida tambem eu sou.
merda de gente. merda de mim. rapariga insolente. sabes o que sentes? oh sim, sabes. gostas? sente... mereces, afinal. como sempre, eu tinha-te avisado, miuda. e tu por acaso deste-me ouvidos? claro que nao, iludes-te contigo propria. e-s-t-u-p-i-d-a. tens outra palavra para ti? tu sabes, afinal de contas, o que vai acontecer. nao te conheces é? nem essa desculpa podes dar... nem essa! nem essa, nem nenhuma. conheces, bem. e por conheceres tentas... e tentas. e queres que te diga? nao vais conseguir. tu no fundo sabes que nao, porque é que ainda tentas? inutil! coitada... crente. ingenua. nao, lamento, ingenua nao. nao te posso dar o prazer desse atributo, dar-te-ia margem para desculpas. e como ja disse, nao as tens.
chora, chora! as lagrimas devia, sofucar-te, devias soluçar e mergulhar na tua dor. devias tossir, tentar expulsar o no que tens na garganta, as maos de homem que te apertam. que te fazem arroxear! morre!! nunca mais... oh miuda... és forte. admiro-te, até. mas sabes? ninguem aguenta muito tempo. nem tu! sim... os olhos embaciam... enevoado... um sorriso perfeito aflora nos teus labios. nao merecias esse sorriso!! mas pensaste nele, nao foi? nao o merecias... mas nunca resististe àquele sorriso, nao foi? lamento...
descansa, já acabou.




- Jaz No Chao Meu Corpo Inerte -