28 de maio de 2007

Ruina

Que posso eu dizer sobre uma vida desprovida de sentido e de felicidade?Que posso eu contar sobre esta historia de infinita incerteza e confusao?A historia de duas vidas separadas como rectas paralelas. Sempre perto... Sempre aqui... Mas nunca juntas.Historia que nunca teve um fim feliz, como eu um dia sonhei, no conforto dos meus lençois quentes e do meu quarto acolhedor. Fim esse, que eu quis julgar a dois. Fim perdido no tempo da memória e escondido no paraiso dos sonhos. Paraiso que eu, agora, não ouso visitar.Duas metades de uma historia inconcebivel e inimaginada por todos. Menos por mim, e por ele.Metades impossiveis de unir. Metades de uma peça imaginada que nunca chegou a existir. Mas para mim continuam a ser metades, metades que nao sao imaginarias como a peça que deveriam constituir. Metades reais e sofridas, e vividas, e amadas, e pensadas, e sorridas.Peça que voa agora na minha memoria mais longuinqua, onde eu lamento ter acalentado aquele sonho impossivel de realizar. Onde lamento ter destruido a minha razao para começar um sentimento louco sem sentido, sem rumo a nao ser aquele a que todos chamavam já, ruina.

Ruina.

Ruina a minha. Ruina a tua.

Ruina dos nossos coraçoes apaixonados.

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